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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Verso do homem só -


Uma noite sozinho, um barulho na estrada surgindo.
De pés cansados, de pernas tortas.
Ele sente alguém próximo, mas não conseguirá chegar à porta.
Um peito cansado, um rosto não maleável, suas pernas se reviram diante do chão.
Voe. Voe para fora daqui. Um dia eu você voltará para mim. Salve-se.
Diante da tempestade de raios ele anseia uma salvação de sua própria alienação.
Há alguém na porta, mas ele não bateu, apenas entrou e assistiu alguém lendo assim como você e como eu.
Um atrito de um velho isqueiro herdado de um falecido pai, faz seus dedos tremerem no frio, fazem onomatopeias na voz dizendo "Aí".
Ele viveu, e agora ele morre.
Uma vida inteira de beirados vinte e cinco anos de desordem.
Por alguma razão ele veio ao mundo, e por alguma razão ele está partindo.
Sua mulher há pouco já fora, em uma estranha ilusão, como o vidro de uma vitrine.
Correndo para um mundo e deixando outro nas costas, de um muro qualquer para outro qualquer.
Ele não sabe porquê fez isso. Há apenas luzes azuis e vermelhas. Nem tudo é o que é.
Tente viver sozinho, tente casar-se com alguém que não ama e experimente a loucura.
Seu prazer será eterno, sua ânsia será profunda e se afundará ainda mais na grande luxúria.
Bate as asas algo que chamam de esperança para dentro do coração.
Uma poça de sangue abre o chão como em uma tela branca, alguém roda como um pequeno peão.
Uma moça parte para outro mundo, e ele percebe...

"A vida aqui embaixo, é somente uma estranha ilusão".










Créditos de seu diretor.


- (eu não sei quem raios é seu diretor) - Imagine aqui uma cara assombrada.


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