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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A maldição de Saga (prologo) - (personagens)



A luz em Dartmoor se expande por vastas regiões contornando todo o seu terreno. Havia amontoados de pedras, que se visto à distância, pareciam gigantes agachados. Morcegos se recusavam a voar próximo da região, eles voavam longe, longe o bastante para sentir algo em suas cabeças irracionais que estavam seguros.
Casas se encontravam estranhamente iluminadas por pingos amarelos encobertos em uma aura de fumaça. Velas eram caras demais (não porque eram uma população pobre, mas a razão eram bem mais simples. Ninguém precisava ver o que estava na escuridão e o dinheiro gasto em velas poderia ser gasto em outras coisas que eles "julgavam" mais importantes - somente pretexto para dizer que sentiam medo e quanto menos atenção chamar, melhor) e por isso só eram usadas durante a noite e em poucos lugares, lugares estratégicos.
Havia animais correndo em bandos, sempre. De alguma forma até eles sabiam do perigo eminente que rodeava aquela cidade e todo o seu quilômetro. Coisas sujas, coisas ocultadas ou que na calada da noite, não queriam se mostrar.
Na ausência da luz era compreensível que exista água fluindo, apesar de você só conseguir se deparar com o rio que corta a cidade durante a manhã. Você a ouvia, mas era confuso, a escuridão comera tudo pela noite e devolvia ao nascer do Sol.
Havia uma antiga capela onde semanalmente ocorria alguns cultos católicos - puxados pelo padre Joseph como carneiros indefesos - e prosseguiam até finalmente terminarem perto do início da noite, não tão cedo e não tão longe - Todos estavam bem cientes à respeito.


Não estavam?


Quatro meses antes - 
Antes dessa merda toda -
Depois do escritor decidir que é hora de parar de gastar travessões à toa -
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24 de fevereiro, em ano desses aí.


Um tipo de música celta e ao mesmo tempo medieval o suficiente para deixar o clima feliz e espontâneo tomava conta dos arvoredos recurvados, das flores coligindo na descida de morros ou organizados em alguns jardins ou até mesmo algumas singulares que se encontravam recebendo Sol ou até mesmo enfeitando janelas. Havia espaços vazios de terra frouxa, prontas para receber sementes. Os irrigadores pareciam dançar, exibindo rebolados compridos para esquerda e direita e depois rodopiando-se, logo após, uma seção de jatos que fazia parte da música em uma seção sem violinos, somente gaitas.
A flauta entrava em seguida em um tom doce demais para pegar em seus ouvidos;entrava junto aos açoites de arados esmagando a terra e preparando-o-as.
Abundância - Isso era somente um simples e curto substantivo feminino que poderia ser usado consideravelmente - Mas a cidade progredia muito bem para usar somente a palavra "Abundante".
Havia minas abandonadas e existiam minérios preciosos ali, não existiam mais trabalhadores suficientes e dispostos à trabalhar lá. Os antigos mineradores estavam velhos e sem entusiamo algum, outros morreram. A maioria trabalhava na parte rural de Dartmoor e os que restavam, se não tivessem em casa ou fossem crianças(ambos podem fazer conexão), é claro, estavam em escolas ou contribuíam para o governo crescer ( também chamado de GRCD, que significava "Governo Regente do Condado de Devon", com certeza se pudessem, eles somariam à sigla com "Que Deus salve, o que quer que ele queira salvar" e entre parênteses poderia ficar "Se for nossa cidade, então, tá valendo").
O clima durante toda a manhã era agradável e cheirava à flores de verão ou grama molhada, que para todos que moram lá, ambos davam no mesmo.
Se em todos os lugares do mundo há pessoas que idolatram o costume de pôr a vida dos outros em pauta principal em uma de suas conversas, então dessa cidade evidentemente seria Elizabeth Hitcher e Amber Hollow. Irmãs gêmeas, porém não tão iguais assim. Poderia distinguir facilmente as duas irmãs por seus cabelos em tonalidades diferentes. Pessoas costumava dizer que por Amber ser quem puxara o assunto sobre a vida de outras pessoas, então seu cabelo devia ser branco com manchas loiras estranhamente colorida em um tom doente(a cor loira era apagada ao decorrer dos anos pela idade, não é óbvio?), eles achavam que ela era quem falava mais(e era). Por outro lado temos Elizabeth, da qual todos falavam que se não tivesse ao lado da irmã, era a pessoa mais dócil que qualquer um poderia gostar de conhecer, e por isso seu cabelo era branco-vítreo, gelo ou quase cristalino (lógico que isso era fantasia na cabeça das pessoas) e seu olhar cativa qualquer um, olhos azuis que faziam dela esse alguém "dócil".

Lourence Hermitt Bucket, o tipo de cara que fazia o negócio dar certo. Em tempos jovens beirando seus vinte um, trabalhava como capitão em navios mercantes e viera parar em Dartmoor Deus sabe lá como, quando menos se esperou, começou serviços no banco e se tornou seu dono em meados de 1975. Desde então, fazia o dinheiro ir e vir da cidade (ir e vir para o "seu" bolso - bolso dele). Como ele mesmo dizia - "Dava um tom mais feliz a cidade" - (mentira).
Se quisesse encontra-lo em um dia da semana sem falhar, certamente esse dia seria às segundas e quartas, onde estava desfrutando de um belo vinho feito pela própria cidade, sentado no gabinete do diretor dentro do banco. Era praticamente impossível não reconhecê-lo diante da multidão em festivais anuais da cidade. Paletó azul e listrado (parecia um pijama, sim), olhos sombrios, provavelmente pela enorme e grossa linha de cabelo que ele chama de sobrancelhas, cabelos penteados para trás assemelhados a Johnny Cash e um tipo de voz rouca e baixa. Se quiser mesmo uma informação sem erro para ainda sim encontra-lo na multidão. Então. Procure ao seu lado, alguns sujeitos de mesma estatura e com mesmos ternos em cores diferentes, pois esses, eram seus empregados que também trabalhavam no banco e se reuniam nos mesmos velhos eventos.(ninguém tinha o que fazer mesmo).
Steve Hollow (ele não era nada dela, felizmente, para ele), 23 anos e um corpo jovem e forte.
Sempre andara com macacão jeans e por dentro uma velha e rasgada camisa de lenhador. Herdara a fazenda com 15 anos e cuidara desde sempre. Tinha barba mas isso não o deixava tão velho assim. Seu andado era puxado pela perna esquerda por um incidente com o trator de seu pai quando tinha treze anos. Seu pai(Andrew Hollow) o deixara no controle enquanto desviava acenos e beijos para sua mulher Danna Hill que estava de pé na varanda, neste inútil e curto período de tempo o trator passou por um relevo no alto de terra e desequilibrou a ponto de arremessar o franzino treze anos para a direita, fazendo-o cair desconcertantemente por cima de uma pedra afiada, seu pai caiu para o mesmo lado e em cima do garoto;no ar ele tentara mesmo algo para não cair em cima do garoto, falhou miseravelmente;sangue espichou como um dos jatos de irrigação na blusa de Andrew, por pouco ele não perdeu a perna inteira, foi com absoluta certeza, sorte. No hospital barato da cidade (não existia lá quaisquer tipos de remédios ou anestesias boas à idôneo para casos assim), tiraram parte da pele de suas nádegas para preencher o espaço em sua perna, já que, o tecido fora inteiramente carcomido e o que restou fora apenas uma extensão seca como aquelas terras fofas em um vão de veias,artérias e músculos. O que sobrou quando chegaram em casa foi um trator deitando à luz do Sol e uma pedra, afiada um tanto, sangrenta e cobertas de tecidos e um pouco de carne. Alguns corvos estavam ali saboreando aquela carne, Steve tivera certeza de que viu um deles olhando fixamente para sua perna e depois lhe sorrindo macabramente, eles degustavam e gostavam de toda aquela carne fresca e Steve sentiu-se enjoado, imaginando-se deitado em cima daquela pedra em um outro final, um mas terrível. Ele caindo de costas ali e o peso de seu pai o fazer se partir ao meio, isso era o que ele via quando olhou para os corvos em cima da própria carne. E isso era o que os corvos faziam, olhavam e abaixavam-se escondidos por trás de capas negras, capas que permitiam eles voarem, em um truque de mágica poderíamos dizer que eles desapareciam. Porque de fato, eram coisas inventadas pela sua cabeça e não havia nada ali, a carne ainda estara lá em cima e o que as devoraram eram minúsculos mosquitos. Não havia nada ali - Não! - Pois eles já sumiram e somente reaparecerão em uma outra oportunidade que terão de ver o garoto gritar de dor ou medo, próximo de sua morte. Desde aquela idade ele sabia que quando morresse, eram aqueles corvos que viriam busca-lo.

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Emma Thomas. Geralmente sua fazenda era que a que mais prosperava. Em certos tempos era compreensível que algumas fazendas não conseguissem progredir tanto em suas colheitas, por razões que incluem tempo,clima, vigor e trabalho suado, que nem sempre todos ali tinham o mesmo ritmo por todo o ano. Mas ainda sim, Emma não perdera a dianteira.
Sempre contratara fazendeiros para exercer trabalhos mais pesados.
Seu marido falecera de uma doença rara que mais tarde se tornou a "doença de Huntington", uma doença neurológica degenerativa.
Um dia antes do óbito se concretizar em cartas falsas de amparo ou de condolências, tinha até uns que se atreveram dizer que era amigo íntimo e que sentia muito - ela sabia que não - enviaram cartas e em 2 dias toda a cidade compareceu no enterro e Emma teve de suportar perguntas do tipo "- Como você se sente?" ou um simples discurso dizendo "- Pessoas vem e vão..." (é inútil demais para colocar aqui). Ela lembra de tê-lo visto levantar do caixão e pendurar as meias de natal dois meses antes do verdadeiro dia, era como ele sempre fazia, e depois andar até a porta e soltar um assobio pedindo para o cachorro entrar que também morreu muito antes dele, mas era um costume que se prolongou durante anos. Voltou até a sua cama e beijou sua cabeça como sempre fazia e dissera " - Tudo ficará..." - ela sabia como terminaria a frase e a última palavra se desvaiu em um calmante vento tocando as pupilas de seus olhos e fazendo-os fechar. Abrindo novamente mais tarde com o som de um despertador de cuco que logo alarmaria que nove horas haviam se passado, fazendo Emma pular da cama e olhar dentro do caixão e ver somente um item estranho, um que não estara ali antes, algo que permaneceu perdido por vários anos.
Uma coleira com o nome "Lenny" enroscada entre os dedos gelados
e calmos de Henry.

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As irmãs Hollow ou irmãs Hitcher, ou "capetas de vestido da cidade de Dartmoor".
Cresceram em uma fazenda nos arredores montanhosos de alguma parte dentro do Maine. Aprenderam a fazer tudo dentro de casa e trabalhos práticos de quem mora no interior. A fazenda se localizava aos pés da montanha. Onde as duas sempre subiam para ver o contorno da cidade e a beleza vista de um ângulo superior. Curvas e mais curvas, lá de cima dava para ver uma boa parte do mar. Elizabeth sempre dissera que iria casar com um marinheiro que a levasse para além da linha do horizonte, onde relatara com certeza de que há um futuro prospero do lado de lá. Amber sempre achou isso uma grande bobagem e sempre falara para a irmã que no mar havia monstros ocultados por debaixo da maré alta que esperavam idiotas que procuram outra vida, para enfim, atacar.
E do outro lado do horizonte há o soberano deles, alguém que esperava as embarcações para se alimentarem de seus tripulantes para perdoar os mais fracos, como se fosse realmente um pecado nascer menor e mais fraco, e que não podiam se alimentar primeiro do que o soberano, teriam de brigar entre si pelos restos mortais dos tripulantes e era assim que alguns ganhavam força ou acabavam morrendo.
Amber sempre tivera um temperamento alto, sempre tivera ações semelhante aos dos homens. Nunca se casara e durante toda a juventude só se esforçara de verdade para se aproximar de outras pessoas do mesmo sexo. Pintou o cabelo de loiro na adolescência para ficar igual a uma modelo britânica da época e atrair mais olhares do público em geral. Fizera teatro inúmeras vezes mais nunca exercera um papel de grande valor, estava topando alguns papéis para ficar mais perto de Brittany, uma garota meia russa e meia inglesa.
Elizabeth sempre fora a criança mais amada das duas, e sempre fora a mesma velha criança de sempre. Comprava bonecas até depois que a idade chegou para costurar roupas e vesti-las como "donzelas" - era o que ela costumava falar. Se casara uma vez e abandonara a irmã por quase 2 décadas, até voltar para casa de seus pais novamente com parte da herança de Sr. Breegs e retomar uma amizade que dura até os dias de hoje, ela a perdoou porque sabia que ela não voltara de mãos abanando e queria ficar com parte do dinheiro e se mudar do Maine.
As duas compraram uma casa em Dartmoor pois gostaram do clima e natureza de lá (mas a verdade é que as jóias da mãe delas estavam enterradas no quintal da casa onde compraram, apenas Amber sabia disso - Uma vez no quintal escavando no local demarcado com uma pá que rangia no cabo demasiadamente, não encontraram nada e depois Amber teve de cumprir a promessa que estava escavando para fazer um jardim, uma promessa mentirosa para que Elizabeth a ajudasse no serviço pesado para ela engolir a recompensa). Durante o evento que acontecera no quintal da residência, Amber viu alguém debaixo da árvore aproveitando o Sol e resolveu fazer algumas escavações pela área, à medida que se aproximava a imagem do homem sentado ia se tornando uma mera miragem e desaparecia pouco a pouco. Passando um tempo lá ela descobrira uma mão segurando dois olhos que pareciam muito de algum tipo de brinquedo estranho dos tempos de criança, não há 4,5,6 décadas mas há quase um século.
Depois do ocorrido pelo quintal, um rapaz que aparentemente viverá cinco décadas de sua vida com total vigor como uma águia velha mas ainda experiente, passou a visitar Elizabeth todas as noites. Conversavam à luz das estrelas, relatara que antepassados dele haviam morado na casa e deixara algo lá, e que lhe é estranho que eles não tenham encontrado nada de errado pela casa, se questionado, mudava repentinamente de assunto.
Quando dias de tempestade chegaram a cidade, ainda era surpresa que ele viera toda noite e conversavam na fachada da casa diante de um tempo cinza e estranhamente iluminado, até um dia Elizabeth ceder e o chamar para adentrar seu quarto. Onde rolaram e rolaram por cima da cama, ela pedira para ele aguardar enquanto ia ao banheiro e ao voltar não encontrou mais ninguém, nem sinal de que houvera um homem tão experiente deitado na cama, ela encontrou o quarto arrumado como se jamais houvesse deitado e bagunçado toda a cama.

Na sala de estar principal da casa havia uma única luz de um tipo diferente de vela, a luz dessa emanava mais forte.
Uma mão de brinquedo aberta, sua mão estava vazia, não haviam glóbulos oculares como antes, não havia nada.
Embaixo da vela servindo de apoio para a parafina que derretia e passava para o estado líquido, havia um único cartão vermelho dizendo:

1878
Novo brinquedo disponível em nossa lojaJeff - O brinquedo que desmonta 
Feito pelo nosso Doutor brinquedo, 
Toby Mcalister.
Ou se preferirem...
O homem que não sai dos cinquenta.
Companhia de brinquedo, Toy-toy-Now!
©Copyright 1871




E no final havia um único adesivo de um smile sorrindo dizendo:



Vale um brinquedo!





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